terça-feira, 18 de novembro de 2008

João Guimarães Rosa

João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo (MG) em 1908. Formado em Medicina, exerceu a profissão até 1934, quando ingressou na carreira diplomática, tendo servido na Alemanha, Colômbia e França.

Sua primeira obra foi Magma, um livro de poemas, com o qual obteve um prêmio da Academia. O livro ficaria inédito. Estreou para o público, de fato, em 1946 com um livro de contos que se tornaria um marco em nossa literatura: Sagarana. Mas sua consagração definitiva viria dez anos depois, com o romance Grande sertão: veredas. Eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1963, só tomaria posse em 1967, morrendo três dias depois. No seu discurso de posse, em algumas passagens o escritor parece antecipar o fato. Os últimos parágrafos de seu discurso têm como assunto a morte. "A gente morre é para provar que viveu. (...) As pessoas não morrem, ficam encantadas." Mas a palavra derradeira desse discurso foi o nome de sua cidade natal: Cordisburgo.
O ambiente rural vem, há muito tempo, fornecendo material para nossa literatura. No Romantismo, Alencar, Taunay e Bernardo Guimarães produziram narrativas em que o homem e o espaço sertanejos são idealizados, em oposição ao homem da corte. Durante o Realismo/Naturalismo, Domingos Olímpio e Manuel de Oliveira Paiva debruçaram-se sobre o sertão, agora para revelar aspectos ignorados pelos românticos. No Pré-Modernismo, a realidade rural transformou-se em matéria literária para Euclides da Cunha, Monteiro Lobato e Simões Lopes Neto. A década de 1930 marca o surgimento do romance do Nordeste, com Graciliano Ramos e Rachel de Queiroz, entre outros. Guimarães Rosa retoma a temática e a modifica radicalmente. E quais são essas modificações radicais?
Os demais regionalistas incorporavam termos regionais ao texto literário. Guimarães Rosa recria a linguagem regional de forma extremamente elaborada. Baseando-se na linguagem da região em que "ocorrem" as histórias narradas, o autor cria palavras novas, recupera o significado de outras, empresta termos de línguas estrangeiras, estabelece relações sintáticas surpreendentes.
Na obra de Guimarães Rosa, o sertão não vai se limitar ao espaço geográfico, mas simboliza o próprio universo. Como afirma Riobaldo, personagem de Grande sertão: veredas: "O senhor tolere, isto é o sertão. Uns querem que não seja: que situado sertão é por os campos-gerais a fora a dentro, eles dizem (...) O sertão está em toda a parte."
O sertão criado por Guimarães Rosa é uma realidade geográfica, social, política, mas também é uma realidade psicológica e metafísica. Nesse espaço (sertão-mundo), o sertanejo não é apenas o homem de uma região e de uma época específicas, mas homem universal defrontando-se com problemas eternos: o bem e o mal; o amor; a violência; a existência ou não de Deus e do Diabo etc. Daí classificar-se seu regionalismo como regionalismo universalista.
Quanto ao processo narrativo, geralmente suas histórias (ou estórias, como queria Rosa) concentram-se em torno de "casos" que sustentam os enredos. Grande sertão: veredas provocou impacto sem precedentes em nossa literatura. Quando foi lançada a obra, percebeu-se que estava ali algo diferente de tudo o que até então se fizera em nossa literatura. Guimarães Rosa tinha levado a efeito a mais radical experimentação lingüistica pela qual passara o romance brasileiro. Como um imenso caleidoscópio constituído de casos, histórias curtas, páginas de diário, anedotas, a obra sustenta-se numa narrativa relativamente fácil que pode ser assim resumida:
Riobaldo, agora já velho e fazendeiro na região do rio São Francisco, relata, sem obedecer à ordem cronológica, a uma personagem não identificada, sua trajetória de jagunço no norte de Minas e sul da Bahia; trajetória repleta de aventuras, que culminou com a obtenção do posto de chefe do bando. Conquistada essa situação, Riobaldo define sua mais importante empreitada: destruir Hermógenes - o líder do bando inimigo -, responsável pelo assassinato de Joca Ramiro, ex-chefe dos jagunços e, como se saberá no final, pai de Reinaldo/Diadorim. Para alcançar seu intento, Riobaldo teria feito um pacto com o Diabo, a quem tinha oferecido a alma em troca do sucesso na travessia do Liso do Sussuarão - região que não concedia passagem a gente viva -, e que teria de ser cruzada para o confronto com o adversário.
Alguns estudiosos vêem semelhança entre essa obra e uma novela de cavalaria. A travessia, palavra-chave em Grande sertão: veredas, representa o obstáculo a ser superado pelo "cavaleiro" (jagunço) e que dará sentido à sua existência. Paralelamente a essas aventuras e indagações metafísicas, tem lugar a forte atração (correspondida) que o narrador-personagem começa a sentir por Reinaldo, um dos jagunços do grupo, que Riobaldo trata de Diadorim. Naquele universo, uma atração dessa ordem fatalmente despertaria enormes conflitos em Riobaldo. Efetuada a travessia do Liso, ocorreu o combate em que o grupo de Riobaldo venceu o bando inimigo. Sucedeu também a morte de Reinaldo/Diadorim e, em seguida, a chocante cena em que Riobaldo assiste à preparação do corpo de Diadorim para o enterramento.

Obra
Romance: Grande Sertão: Veredas (1956).
Contos: Sagarana (1946); Corpo de baile (1956); Primeiras estórias (1962); Tutaméia: terceiras estórias (1967); Estas estórias (1969); Ave, palavra (1970). Suas obras foram traduzidas para diversos idiomas. Corpo de baile apareceu, a partir da terceira edição, em três volumes: Manuelzão e Miguilin; No Urubuquaquá, no Pinhém; Noites do senão.
Lucas Veloso e Luann de Araujo - 8ª D

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

O CONTO

Como vimos, o conto é uma narração concisa, que conta um episódio na vida de uma personagem. É um texto criado pela imaginação do autor, que cria o narrador, o conflito, as personagens, o desfecho, baseando-se ou não em acontecimentos ou pessoas reais.
Os elementos que o constituem são apresentados pelo narrador ou pela fala das personagens.
O conto apresenta as seguintes características:
  • número reduzido de personagens;
  • objetividade do autor, que procura condensar ao máximo as ações das personagens num único conflito;
  • espaço e tempo também reduzidos;
  • predominância de diálogos;
  • dissertação quase nunca presente.

Contos a partir de música

Alunos que postarão os contos:

Heloísa 8ªA
Camila, Larissa e Letícia 8ª B
Ana Clara, Clarissa, Susi e Warlla 8ª C
Isabel, Juliana, Lucas e Marília 8ª D

Amor por acaso

Larissa é uma garota muito simpática e extrovertida, por isso chama a atenção de muitos garotos, um desses garotos é Ricardo, que não larga do seu pé. Ricardo liga para Larissa quase todos os dias. Convida para ir ao cinema, fala todo mansinho, mas Larissa não quer nem saber dele. Ricardo não gosta das amigas dela, por isso Larissa não quer namorá-lo. Quanto mais ela diz não, mais Ricardo fica no seu pé. Ela pode até esculachar ele, mas depois vem cheio de elogios. Larissa resolveu então tomar uma decisão. Ela ligou para o primeiro garoto da agenda do celular e chamou para almoçar na casa dela. Ela armou um plano com o garoto para quando Ricardo chegar os dois se beijarem. Na hora marcada o garoto chegou. Depois de alguns minutos, Ricardo tocou a campainha e entrou. Quando ele viu aquela cena resolveu ir embora. Ricardo nunca mais apareceu. Larissa e seu amigo depois do beijo resolveram namorar.
Lucas Veloso Cipriano 8ª “D”

Pensando em você

Era uma vez, uma menina que ia muito a igreja, e sempre estava certa de suas vontades, seu nome era Cristina. Cristina era uma menina que amava muito seus amigos de sua igreja, mas estava apaixonada por um garoto chamado Ederli, ou pelo menos pensava que estava apaixonada. Cristina estava fazendo um curso para seu futuro Batismo, e o filho de seu Pastor era um garoto odiado por Cristina, ela não gostava de suas atitudes e de sua aparência, mas o aturava pelo fato dele ser apenas um amigo. Certo dia, quando Cristina estava preparada para se batizar, pediu para que o menino, cujo seu nome é Fleytcher, a ajuda-se para entrar no rio. Após o Batismo,Cristina pensava que ainda sentia algo pelo Ederli, mas descobriu que seus sentimentos mudaram e algo estava diferente em relação ao Fleytcher. No dia seguinte, Cristina estava aflita, querendo saber como estava Fleytcher, o que ele poderia está fazendo, ligava-o para apenas ouvir sua voz, e se o telefone tocasse, ela saia correndo com uma última esperança. Daquele dia em diante, Cristina não parava de pensar nele, e tentava se distrair com outras coisas, mas no final, o que vinha sempre em sua mente era a mesma coisa, a “imagem do Fleytcher”. Os dias foram se passando, Cristina o amando cada vez mais, mas decidiu contá-lo seus sentimentos. Fleytcher recebeu essa notícia horrivelmente, pelo fato de Cristina ser seis anos mais nova do que ele, e decidiu afastar-se dela, com o objetivo de tentar não dar mínima esperança a Cristina. Três anos se passaram, Cristina ainda apaixonada, mas Fleytcher ainda não a olha, e não reflete se ela pode ser a mulher de sua vida, fazendo assim, que Cristina sofra. Cristina nunca deixou de acreditar que se for da vontade de Deus, e se ele quiser, então, não importa quando, onde, como terá seu coração.

Pensando em você ( Pimentas do Reino)

Estava satisfeito só em ser teu amigo
Mas o que será, que aconteceu comigo?
Aonde foi que eu errei?
Às vezes me pergunto se eu não entendi errado
Grande amizade com estar apaixonado
Se for só isso logo vai passar
Mas quando toca o telefone será você?
O que eu estiver fazendo eu paro de fazer
E se fica muito tempo sem me ligar
Arranjo uma desculpa pra te procurar
Que tolo mas eu não consigo evitar
Porque eu só vivo pensando em você
É sem querer, você não sai da minha cabeça mais
Eu só vivo acordada a sonhar
Imaginar nós dois
Às vezes penso ser um sonho impossível
Uma ilusão terrível será?
Eu já pedi tanto em oração
Que as portas do seu coração
Se abrissem pra eu te conquistar
Mas que seja feita a vontade de Deus
Se ele quiser então, não importa quando, onde
Como eu vou ter seu coração.
Eu faço tudo pra chamar sua atenção
De vez em quando eu meto os pés pelas mãos
Engulo a seco o ciúme
Quando outro apaixonado quer tirar de mim sua atenção
Coração apaixonado é bobo
Sorriso teu e eu me derreto todo
O teu charme, teu olhar
Tua fala mansa me faz delirar
Mas quanta coisa aconteceu e foi dita
Qualquer mínimo detalhe era pista
Coisas que ficaram para trás
Coisas que você nem lembra mais
Mas eu guardo tudo aqui no meu peito
Tanto tempo estudando teu jeito
Tanto tempo esperando uma chance
Sonhei tanto com esse romance
Que tolo mais eu não consigo evitar
Porque eu só vivo pensando em você
É sem querer, você não sai da minha cabeça mais
Eu só vivo acordado a sonhar
Imaginar nós dois
Às vezes penso ser um sonho impossível
Uma ilusão terrível será?
Eu já pedi tanto em oração
Que as portas do seu coração
Se abrissem pra eu te conquistar
Mas que seja feita a vontade de Deus
Se ele quiser então, não importa quando, onde
Como eu vou ter seu coração !!!

Isabel Cristina 8ª "D"


Pense em mim
( Darvin)

Inspiração dos meus sonhos;
Não quero acordar;
Quero ficar só contigo, não vou poder voar;
Por que parar pra refletir, se meu reflexo é você?
Aprendendo uma só vida;
Compartilhando o prazer;
Porque parece que na hora eu não vou agüentar;
Se eu sempre tive força, e nunca parei de lutar;
Como num filme, no final tudo vai dar certo;
Quem foi que disse que pra ta junto precisa ta perto?

Pense em mim;
Que eu to pensando em você;
E me diz, o que eu quero te dizer;
Vem pra cá, pra eu ver que juntos estamos;
E te falar;
Mais uma vez que te amo;

O tempo que passamos juntos vai ficar pra sempre;
Intimidades, brincadeira, só agente entende;
Pra quem fala que namorar é perder tempo eu digo;
A muito tempo eu não cresci o que eu cresci contigo;
Juntos no balanço da rede sob o céu estrelado;
Sempre acontece, o tempo para quando eu to do sue lado;
A noite chega, eu fecho os olhos e é você que eu vejo;
Como queria está contigo, eu paro e faço um desejo:

Pense em mim;
Que eu to pensando em você;
E me diz, o que eu quero te dizer;
Vem pra cá, pra eu ver que juntos estamos;
E te falar;
Mais uma vez que te amo;



Texto:


Amanda e Gustavo eram um casal que se amavam muito, porém não se viam constantemente porque ela estudava o dia inteiro e ele também e a noite ele ia a faculdade.
Os dois passavam muito tempo pensando um no outro, e pensavam também que apesar de tudo se amavam muito. Eles não se viam todos os dias, mas se falavam todo dia, pelo telefone, MSN, Orkut, e- mails...
Um dia na faculdade uma menina estava muito afim de Gustavo e ele sabia que Amanda logo ligaria pra ele e sabia também que nunca trairia Amanda pois eles se gostavam muito.Mas um dos amigos de Gustavo já foi logo dizendo:
- Nossa Gustavo, eu não agüento essa sua lerdeza!!! Como você namora uma garota que não tem nem tempo de te ver? Tem tanta menina linda por ai louca por você e você só pensa na Amanda.
Gustavo furioso com o amigo lhe respondeu:
-Amigo, eu nunca imaginei que você fosse assim. Você precisa entender o que é o amor verdadeiro, o amor que te ajuda mesmo nas horas apenas de pensamento. O amor não apenas um beijo ou abraço, carinhos... O amor é mais forte que tudo nesse mundo!! E eu amo muito a Amanda mesmo ela estando longe.
Após certas horas o amigo de Gustavo descobriu que ele estava falando a verdade pra amar não precisa-se estar perto, precisa-se apenas do amor.

Larissa Miziara 8ª B

Obs.: trazer os contos para ser postado no Labinfo

Análise dos contos de Machado de Assis e Guimarães Rosa

Minicontos: contos com 50 letras

O ritmo alucinante da vida moderna acaba condicionando a produção das narrativas contemporâneas como o Miniconto. Cem escritores brasileiros deste século escreveram um minúsculo livro intitulado "Os cem menores contos brasileiros do século". Aproveitando da idéia do minúsculo livro, os alunos aceitaram o desafio de produzir minicontos com 50 letras.
Você seria capaz?

OBS.: os minicontos selecionados, após digitados deverão ser entregues a professora de Português e os alunos que postarão são:

Camila 8ª A
8ª B
Moça Encantada
Moça fina, educada. Do sertão e encantada com o olhar cidadão.
Augusto Cesar
Lâmpada Mágica
Uma mulher achou uma lâmpada mágica e pediu para ser artista.
Bianca
Fui a praia não conseguia andar
Fui para o mar, não sabia nadar.
Jônathas
Estudo no Centro de Ensino Fundamental Cento e Quatro Norte.
Bruna Raelle
Louise
Aléxia, Susi, Júlia, Bruna, Madonna 8ª C